Nos últimos anos, a busca por tratamentos de reposição hormonal aumentou significativamente, especialmente entre aqueles que buscam melhorar sua qualidade de vida. Uma das opções que ganhou destaque são os implantes hormonais e não hormonais. Neste artigo, vou explicar detalhadamente o que são esses implantes, suas indicações, diferenças, benefícios, contraindicações e me baseando sempre em estudos científicos e dados de fontes confiáveis para que você possa estar o mais bem informado possível ao final desta publicação.

Seja muito bem-vindo ao meu Blog, eu sou o Dr. Leonardo Pozzobon, Médico Ortopedista atuante na melhora da qualidade de vida dos meus pacientes através da reposição hormonal, do emagrecimento saudável e da ortopedia.

O que são os implantes hormonais?

Os implantes hormonais são pequenas cápsulas, geralmente de silicone ou outro material biocompatível, que liberam hormônios de forma contínua no organismo. Eles são implantados sob a pele, comumente na região do braço, e podem liberar hormônios por um período que varia de seis meses a cinco anos, dependendo do tipo e da dosagem.

Os principais hormônios utilizados nesses implantes incluem:

• Estradiol (um tipo de estrogênio): indicado principalmente para reposição hormonal em mulheres na menopausa.
• Testosterona: usada em casos de deficiência de testosterona em homens, mas também em mulheres, especialmente para tratar a diminuição da libido e melhorar a composição corporal.
• Progesterona: muitas vezes associada ao estradiol em mulheres para equilibrar os efeitos do estrogênio e prevenir o crescimento excessivo do revestimento uterino.

O que são os implantes NÃO hormonais?

Os implantes não hormonais são métodos de controle ou tratamento que não envolvem a liberação de hormônios no corpo. O exemplo mais comum é o DIU de cobre, utilizado como método contraceptivo. Ele atua criando um ambiente hostil para os espermatozoides, sem a necessidade de hormônios.

Além do DIU de cobre para mulheres, há também alternativas emergentes para homens, como o RISUG (Reversible Inhibition of Sperm Under Guidance), um método não hormonal que bloqueia os espermatozoides nos ductos deferentes sem interferir nos níveis hormonais. Este implante é reversível, oferecendo uma solução de longa duração para a contracepção masculina. Estudos indicam que o RISUG pode ser eficaz por até 10 anos e ser revertido de forma simples, restaurando a fertilidade.

Benefícios dos implantes NÃO hormonais

• Sem hormônios: Adequado para quem não pode ou prefere evitar hormônios.
• Longa duração: Métodos como o DIU de cobre e o RISUG podem durar anos com pouca manutenção.
• Alta eficácia: Ambos os métodos oferecem taxas de sucesso muito elevadas na prevenção da gravidez.
• Reversibilidade: Tanto o DIU quanto o RISUG podem ser removidos, restabelecendo a fertilidade rapidamente.

Pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) indicam que o DIU de cobre é uma opção eficaz para mulheres que desejam evitar o uso de hormônios, enquanto o RISUG está mostrando resultados promissores como um método contraceptivo masculino reversível e de longa duração.

Essas opções oferecem alternativas seguras e eficazes para homens e mulheres que buscam métodos contraceptivos sem o uso de hormônios, proporcionando mais liberdade de escolha e controle sobre a saúde reprodutiva.

 Indicações dos implantes hormonais

Os implantes hormonais são indicados principalmente para:

• Mulheres em menopausa que precisam de reposições de estrogênio e progesterona para aliviar sintomas como ondas de calor, insônia, secura vaginal e alterações de humor.
• Homens com hipogonadismo, uma condição em que o corpo não produz testosterona suficiente.
• Mulheres que buscam melhorar o desejo sexual, controle de peso e disposição física através da testosterona bioidêntica.

Além disso, muitos atletas e praticantes de atividades físicas buscam os implantes de testosterona para melhorar a performance e composição corporal, embora essa prática deva ser feita com extrema cautela e acompanhamento médico rigoroso.

Benefícios dos implantes hormonais

• Liberação contínua e estável de hormônios: Diferentemente de comprimidos ou injeções, os implantes liberam hormônios de forma controlada e constante, garantindo níveis mais estáveis no sangue.
• Praticidade: Após a inserção, os implantes requerem pouca manutenção, oferecendo meses ou anos de tratamento sem a necessidade de doses frequentes.
• Melhora dos sintomas: Para mulheres na menopausa, há alívio dos sintomas típicos, como insônia, irritabilidade e diminuição da libido.
• Melhora na composição corporal e na disposição física: A testosterona, por exemplo, pode ajudar a aumentar a massa magra e reduzir a gordura corporal, especialmente em mulheres que sofrem de deficiência hormonal.

Contraindicações dos implantes hormonais

Embora ofereçam inúmeros benefícios, os implantes hormonais não são indicados para todas as pessoas. As principais contraindicações incluem:

• Histórico de câncer hormônio-dependente: especialmente câncer de mama ou câncer de endométrio.
• Doenças hepáticas graves.
• Trombose venosa profunda ou outras condições relacionadas à coagulação sanguínea.
• Gravidez ou suspeita de gravidez.

Além disso, é importante destacar que o uso de testosterona em mulheres deve ser feito com extremo cuidado. Doses inadequadas podem resultar em efeitos adversos, como masculinização, acne, aumento de pelos faciais e alterações na voz.

Estudos recentes, como os publicados pela North American Menopause Society (NAMS) e pela Sociedade Internacional de Menopausa, mostram que a terapia de reposição hormonal (TRH), incluindo implantes, é uma das formas mais eficazes de tratar os sintomas da menopausa. De acordo com um estudo publicado na revista Menopause (2018), mulheres que usaram TRH apresentaram uma redução significativa nos sintomas vasomotores (ondas de calor) e uma melhora na qualidade do sono e na função sexual.

Outro estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (2020) revelou que homens com deficiência de testosterona tratados com implantes hormonais de testosterona experimentaram uma melhora significativa nos níveis de energia, na função erétil e na massa muscular.

Diferenças entre implantes hormonais e outros métodos de reposição hormonal

1. Estabilidade hormonal: os implantes oferecem uma liberação contínua de hormônios, diferentemente de pílulas ou géis, que podem causar flutuações nos níveis hormonais.
2. Frequência de manutenção: com os implantes, a necessidade de manutenção é mínima, enquanto métodos como injeções exigem aplicações frequentes.
3. Conforto e conveniência: uma vez inserido, o implante requer pouca ou nenhuma ação do paciente.

Alternativas aos implantes hormonais

• Pílulas hormonais: Disponíveis em diferentes composições e dosagens, mas requerem o uso diário.
• Géis e cremes hormonais: Aplicados diretamente na pele, oferecem uma absorção gradual de hormônios, mas precisam ser aplicados diariamente.
• Adesivos hormonais: São colados à pele e liberam hormônios ao longo do tempo, mas precisam ser trocados regularmente.

Implantes hormonais e o risco de câncer: o que dizem os estudos?

A relação entre a terapia de reposição hormonal (TRH) e o risco de câncer é um tópico amplamente discutido na literatura médica. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), mulheres que fazem uso prolongado de TRH, especialmente aquelas que utilizam estrogênio sem a devida suplementação de progesterona, podem ter um risco aumentado de câncer de endométrio e de mama.

No entanto, estudos mais recentes sugerem que esse risco pode ser minimizado com o uso adequado de progesterona em mulheres com útero intacto. É importante lembrar que os riscos são específicos para cada paciente, e a decisão sobre o uso de implantes hormonais deve ser feita em conjunto com um médico especializado.

Os implantes hormonais e não hormonais oferecem uma solução eficaz e conveniente para muitas pessoas que buscam reposição hormonal ou controle contraceptivo. No entanto, é fundamental que esse tratamento seja cuidadosamente avaliado por um profissional, considerando as necessidades e condições específicas de cada paciente. Além disso, o acompanhamento médico regular é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento a longo prazo.

Se você está considerando o uso de implantes hormonais, agende sua consulta para discutirmos quais as suas opções, realizar exames e garantir que este seja o melhor caminho para sua saúde.

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Referências:

• Organização Mundial da Saúde (OMS)
• Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
• North American Menopause Society (NAMS)
• Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism
• Organização Mundial da Saúde (OMS). Métodos contraceptivos masculinos e femininos.
• Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Contracepção masculina: Novas alternativas.
• Journal of Andrology. Non-Hormonal Male Contraception: Clinical Trials of RISUG. 2021.
• Contraception Journal. Efficacy and safety of male contraceptive methods: Focus on RISUG. 2020.

Dr. Leonardo Pozzobon, Médico ajudando pessoas a ter qualidade de vida através do Emagrecimento, da Reposição Hormonal, e da Ortopedia. em Campo Grande – MS. CRM MS 5836 – RQE 4058

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